Cafés com o presidente têm sido uma excelente ferramenta de comunicação para criar a percepção de aproximação da alta liderança com profissionais ao redor da empresa, sinalizar uma cultura de transparência e compartilhar mensagens importantes. Depois de uma breve mensagem, o presidente abre para perguntas de qualquer natureza.
De toda forma, há ainda uma lacuna nesses eventos: conhecer mais com quem se está falando.
Uma alternativa encontrada e adotada por muitas empresas tem tido um impacto maior em relação às ações de DEI: cafés ou encontros de 20 a 30 minutos entre a alta liderança da organização e profissionais aleatórios representativos de diferentes categorias de grupos minorizados.
Esses encontros permitem não somente aproximar a alta liderança da realidade de indivíduos de diversas origens e características (o que é excelente para ampliar suas percepções sobre esses grupos), como contribuem para melhorar a percepção de pertencimento e equidade na organização.
Um café por semana durante um ano representa 48 conversas (já excluindo o período de férias). Um comitê executivo com oito integrantes representaria, então, 384 conversas. E, caso o próximo nível de liderança seja incluído, supondo um total de 20 pessoas, seriam 960 conversas ao ano. O impacto é exponencial mesmo para uma empresa com dez mil pessoas.
COMO IMPACTA
DICAS PARA IMPLEMENTAR
Defina um coordenador para organizar o processo, identificar e fazer o “match” entre os líderes e os profissionais da empresa;
Existem softwares que fazem o “match” automaticamente a partir de critérios definidos (por exemplo: diversidade de perfis etários, gênero e regiões);
Prepare os líderes para a conversa. Apesar de serem estruturadas, devem acontecer informalmente, como em um café com um colega;
Líderes perguntam primeiro. Uma lista-guia de perguntas passa por questões pessoais, profissionais e a opinião sobre a direção do negócio, depois abrindo para perguntas. Exemplos:
Os líderes participantes devem estar alinhados com as perguntas sobre a direção do negócio. As respostas devem ser consistentes e o mais transparentes possível (algumas vezes, questões em sigilo, como aquisições ou lançamentos de novos produtos, não podem ser compartilhadas até o momento permitido). Um “não sei” ou “não posso responder” é bem-vindo quando falado com sinceridade.
COMO MENSURAR
Número de conversas mensais entre a liderança da organização e pessoas diversas;
Diferença de percepção de igualdade e pertencimento (via pesquisa de clima) entre grupos minorizados e grupos favorecidos.